janeiro 09, 2007

Não!



Para que conste, sou ateia.
E não vivo em Portugal mas pago impostos (que preferiria ver usados em eutanásias).

2 comentários:

N disse...

Eu sou pelo sim, mas independentemente disso, acho q este não é o melhor argumento.

Beijinho

FPG disse...

Olá Ná,
Gosto de a ver por aqui!
É evidente que se trata de uma questão complexa, e este é um argumento válido, entre outros. Não o mais relevante, claro.
Quando digo não, e chamo a atenção para os impostos, defendo que os abortos não devem ser pagos com o dinheiro de todos.
Não quero ver nenhuma mulher que aborta na cadeia.
Mas também não quero ver dinheiro desbaratado como anti-concepcional de último recurso. Em muitos casos é disso que se trata.
Aconteceu com várias mulheres que me são muito próximas. E é isso que lamento. Deitar fora uma Vida porque se foi negligente, ou porque se teve um grande azar...
Há muitos, muitos anos (ainda a Ná não era nascida) li um livro escrito por jornalistas ingleses, já o aborto era legal em Inglaterra, bem como em vários países ditos mais avançados: "Bebés para Queimar".
É inesquecível.
Ter filhos foi um dos sonhos que não realizei. Nesta fase da minha vida já está completamente fora de questão (tenho 43 anos). Já não tenho disponibilidade nem emocional, nem física. Esgotou-se o tempo biológico. Espero nunca vir a engravidar. Mas se tal acontecesse (longe vá o agoiro!)não recorreria ao aborto.
Acho que valeria a pena incentivar cada vez mais homens e mulheres a fazerem laqueações e vasoctomias, eventualmente reversíveis. O Estado poderia distribuir gratuitamente vários tipos de anti-concepcionais (OK, já sei que depois vinha aí a questão das empresas farmacêuticas e por aí fora). Mas há que agir profilacticamente.

Quanto à eutanásia é, em minha opinião, muito mais pertinente e importante.
É a última grande prova de amor, de compaixão que se pode dar a um ser humano para quem a vida é um pesadelo para lá do imaginável.

Fique bem e feliz.