dezembro 26, 2006

Tsunami


Quando, a 10 de Dezembro de 2004, ela me entrou pela sala para se despedir, porque eu partia de férias nessa noite, jamais imaginei que seria um adeus para sempre.
Lá conversámos um bocadinho, entusiasmadas porque a Vera estava quase a nascer. Eu ía para Portugal, eles íam para Khao Lak.
Quando, pouco dada a efusões afectivas, se preparou para sair da sala disse-lhe:
"Então? Não me dás um beijinho e um abraço? Já só voltas a ver-me para o ano..."
Como estávamos longe de imaginar o que o futuro, tão próximo, traria...

2005 chegou.
Mas a (para mim) Bell, como centenas de milhar de outras pessoas, ficou pelo caminho, a 26 de Dezembro, nas águas da onda gigante que tanta felicidade destroçou.
Ainda bem que nalgumas coisas sou extrovertida e que lhe pedi aquele abraço.
Jamais pensei que fosse o último.

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